Blog 11/04/2017
Startup oferece solução para economia colaborativa e combate ao desperdício de alimentos
LANÇAMENTO FOOD FINDER

A Associação Brasileira de Supermercados estima que cerca de R$6 bilhões anuais são literalmente jogados fora por conta do desperdício de alimentos. As perdas podem ser causadas por diversos fatores, que vão desde o prazo de validade vencido até a armazenagem inadequada dos produtos. Para ajudar a resolver este problema, acaba de nascer uma startup.
Foi lançada na última semana, no Distrito Ventures, a Food Finder, startup que comercializa alimentos próximos ao vencimento, para que sejam adquiridos e processados por restaurantes, bares, lanchonetes e padarias associadas à Abrasel – Associação Brasileira de Bares Restaurantes.
Em entrevista ao STARTUPI, a nutricionista Gillian Alonso, uma das fundadoras da startup, contou de onde surgiu a ideia de criar a plataforma. “Como nutricionista sempre me incomodou o fato de que mais de 30% dos alimentos são desperdiçados ao longo da cadeia de abastecimento, o que representa US$ 26 milhões por dia de perdas no Brasil. Infelizmente essa realidade também é compartilhada por outros países, inclusive os denominados desenvolvidos”, explica.
Gillian diz que a plataforma também permite a doação, caso o fornecedor queira desovar seus produtos excedentes, por qualquer razão. A ideia foi aprimorada pelo processo de pré aceleração da Ocean Samsung, hub sediado na Poli, da USP. As doações vão para uma rede de entidades sociais vinculadas a banco de alimentos, como no caso da Associação Prato Cheio, em São Paulo.
O mercado de Food Service consome 33% da distribuição industrial de alimentos, o que representa R$ 154 bilhões anuais no Brasil e já existem algumas startups direcionadas ao consumidor final no Brasil. Entretanto, diz a fundadora, a tecnologia da Food Finder a diferencia dos demais concorrentes. “Nossa abordagem nos diferencia deles e de futuros players, especialmente pela grande penetração que temos nesse mercado com atividades de consultoria, eventos e literatura especializada”, explica.